Freitag, 13. Dezember 2013

Seminário do fim do ano 2013

O trabalho com o HARA  e a RESPIRAÇÃO 



Uma respiração correta não só ajuda a superar a fadiga física, a melhorar o sistema imunológico do corpo, mas também tem influência direita na psique do individuo permitindo  ultrapassar assim angustia, medos, inseguranças.


Sabemos que quando a respiração é mal realizada o nível HP do sangue altera-se, voltando-se mais acida ou neutra devido a uma quantidade desarmonizada entre  dióxido de carbono e oxigénio com as respectivas influências negativas para a saúde física e mental.




Aprenderá a respirar através do centro energético o qual é fundamental para  o equilíbrio integral do ser humano, chamado "Hara", situa-se  dois dedos por debaixo do umbigo.

Desenvolver o seu  Hara significa assentar-se numa atitude mental mais profunda, através do corpo, que transcende a vida quotidiana, onde emanará mais confiança e felicidade transformando-se  positivamente aquilo que não correu bem no passado. É assim, que este dia de exercícios profundos da respiração  desenvolverá  uma nova  forma de estar na vida, tanto do corpo como da alma, tão importante para começar  um novo ano 2014.

Professor: Ricardo Silva Holland







Sonntag, 8. Dezember 2013

A loucura das guerras

Escrito por Ricardo Holland
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O homem moderno arcaico segundo a Psicologia Analítica

A manifestação mais contundente da doença do ser humano, da separação de si mesmo, é a aceitação nos seus valores sociais, morais e éticos, a matança coletiva a que inclusive é justificada por entidades que representam o sagrado, religioso. Esta é a manifestação clara do lado doente do ser humano e da separação da sua essência.

Os conflitos entre as diferentes sociedades, mal se podem solucionar com violência, para isso deve-se procurar qualquer meio para encontrar a harmonia através de um consenso, através da palavra.

É preocupante que o ser humano após tantos séculos e vários milénios não aprenda das consequências nefastas e trágicas das guerras que provoca.
A psicologia analítica trata de explicar este fenómeno indicando como funciona a mente arcaica. Jung ditou uma conferência no círculo de leitores Hottingen em Zürich no ano de 1930 onde fala sobre o homem arcaico, baseando-se na teoria do famoso sociólogo Lévy-Bruhl, cujo conceito fundamental são as "representações coletivas". Pág. 68 Tomo X das obras completas de C. G. Jung.

 Este conceito refere-se à maneira que vê o homem arcaico no seu meio, uma realidade muito diferente à do homem moderno, o qual para entender qualquer fenómeno baseia-se numa explicação "Causalista". O homem arcaico em mudança vive num mundo muito diferente ao do homem moderno.
Quando algo na vida do homem arcaico muda, por exemplo com o aparecimento de um fenómeno natural diferente, como um eclipse, um cometa, quando um animal noturno é visto de dia, etc., é para ele uma manifestação de uma força todo-poderosa que quer romper a ordem natural do seu mundo. Este homem procura constantemente reafirmar-se na continuidade dos fenómenos naturais mas, quando isto não sucede começará a realizar associações que de uma maneira a-causal, não racional, explicarão desde o ponto de vista da magia o problema. A solução para retornar à normalidade será a realização de ritos, oferendas, atos mágicos. Na idade média era comum este tipo de reações o fazedor de chuvas, ou quando o inverno durava mais que o devido eram culpadas grupos de mulheres e queimadas na fogueira acusadas de bruxaria, etc.
Levy-Bruhl fala da "participação mística", a matéria tem alma, em cada gruta vive o demónio, nos bosques os espíritos, em cada montanha a grande serpente, cada árvore tem uma voz que chama às pessoas, o psíquico ocorre fora dele. Não há separação entre o inconsciente e a realidade externa. Trata-se de uma projeção psíquica para o exterior.

No homem moderno, num lado profundo da sua psique ainda vive o arcaico. Na guerra sucede um processo similar. Quando se dá uma transformação externa do seu meio, o homem moderno perde o sentido racional que ajudar-lhe-ia a procurar um entendimento causal do problema. Faz uma regressão ao seu nível arcaico e adere-se aos argumentos coletivos que justificam a um nível causal a matança coletiva, com argumentos mágicos mas sem nexo com a realidade.

O grande problema estriba em que o ser humano quando caia no seu nível arcaico, use a força a cada vez mais mortífera da tecnologia avançada do homem moderno para solucionar os seus conflitos.

 
Quadro de Angela R.

Hoje em dia o ser humano tem que crescer como indivíduo, crescer em seu essência e não se deixar alienar pelo coletivo. Deverá crescer com responsabilidade pessoal, sem seguir à cega os sistemas obsoletos sociais.

Um dos fundamentos da vida é que a essência se manifeste no mundo. Uma vez que o homem moderno contacte com seu lado secreto e profundo será impossível que seja um participante ou espectador mudo das atrocidades e guerras que se cometam no nosso querido planeta.
Terá que rejeitar de forma ativa, menosprezando qualquer manifestação de violência e destruição.