Samstag, 26. Oktober 2013

O complexo segundo a psicologia analitica de Carl G. Jung


 
O termo “Complexo” foi inserido na linguagem da Psicologia Analítica por Carl Gustav Jung ao enunciar que existe uma entidade da psique fundamental para o entendimento da nossa alma. Hoje esse termo tornou-se tão usual que o povo aplica-o na sua comunicação diária, para denotar, por exemplo entre amigos, que uma conduta não é a esperada.
Quando alguém, em situações específicas omite dar um passo por receio do resultado ou de  tomar uma decisão por medo  de atuar  equivocadamente, o amigo diz- lhe, “deixa- te de complexos”, ou “és um complexado”, etc.  
 
Quando realizei a minha tese de diplomado na universidade de Bremen aleguei que não só existe um complexo individual, senão que cada cultura, num nível coletivo vive o seu próprio complexo social, enraizado nos arquétipos.
 
Todas as pessoas têm um complexo, mas poucas o têm conscientizado. Caracteriza-se por ser uma instância na nossa alma que tem energia concentrada como diz Verena Kast no seu livro “Heilung und Wandlung”,essa energia é ativada quando o indivíduo se confronta com um problema do seu meio, do qual ele não está maduro suficiente como para o corresponder.  
 
O complexo não só pode causar dificuldades. Também o complexo pode provocar na pessoa alegria e desatar nela riso impulsivo e descontrolada. Mas na maioria das vezes corresponde a situações que causam medo, raiva, vergonha, estes sentimentos se os vivem como opressores. Devido a isto desenvolvem-se mecanismos de defesa e portanto reprime- se o complexo com condutas estereotipadas e pseudo adaptações que no final fazem sofrer mais que a confrontação com o complexo.
A pessoa que tem um complexo se isola da vida para não sofrer o vazio, só vive num médio superficialmente construído para se defender da confrontação com as suas dificuldades.
 
Autor do Quadro: Ernesto Ferrer
 
 
 Loosli diz-nos no seu livro “C. G. Jung und die Erziehung”, que os complexos são sistemas psíquicos grandes que se independerão da consciência e denotam autonomia. Por isso causam sofrimento, porque a pessoa tem interesses conscientes na sua vida que são boicotados pela inclinação inconsciente contrária à atitude do complexo. 
  
Por exemplo, o sentimento de solidão por falta de relações pessoais numa paciente que sofre por não ter amigos sempre que os consegue não lhe duram porque por outro lado há uma força superior nela, fora de seu controle, ou seja o complexo, que inconscientemente destrói as suas amizades por gerar nela condutas agressivas e conflituosas.
 
Como o mencionei antes, o complexo pode ter um carácter arquetípico, o qual só se torna destrutivo quando obtêm uma força desequilibrada e desmesurada para a consciência. Ver o arquétipo do Anima e do Animus.
Publicada por Ricardo Silva Holland

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