Ao longo de vivencia em diferentes culturas vi que cada pais tem sua própia idiosincracia, sua própria cultura e valores socias, os tais chamados canos socias. Cheguei da Alemanha para trabalhar como psícologo em Portugal no ano 2003 e hoje impressiona-me que uma quantidade consideravel das pessoas que conheço apresentam um historial passado de consumo de psicofarmacos. Nesta cultura o seu consumo faz parte do seu canon social.
Depois corroborrei este facto com artigos que denunciam que Portugal é o segundo país do mundo, seguindo a America do Norte, em que se utilizam mais comprimidos psiquiátricos. Tudo começou com o consumo de medicamentos, logo de uma consulta pela medicina convencional, com problemas muitos leves, pequenas depressões, insónias, dores de cabeça, agitação, medos, etc. O estado psíquico deles foi-se agravando cada vez mais e desenrolando uma dependência aos comprimidos sem saida aparente.
Mas não há só abuso de medicamentos, ainda pior, outras pessoas cada vez mais novas, consumiram drogas psicodélicas, quimicas ou naturais tais como hayahuascar, peiote, hasisch, cocaina, LSD, heroina, extasis, etc. Abusam do alcool e cigarros. Muitos confundem os estados produzidos por o efeito dos alucinógenos como se fosse algo para aprender.
Quando uma pessoa sofre uma crise emocional este é o momento mais adequado para ser tratado psicologicamente e sin químicos nenhum. A crise aparece quando a pessoa esta madura para se confrontar com o caminho profundo, "o caminho de individuação", quando chega o momento de mudar a vida, mas infelizmente com o uso de psicofarmacos, perde-se essa oportunidade, reprimindo-se, a abertura necessária da alma, a verdadeira transformação interior. (Ver o paradigma português)